O AMOR NÃO TEM LIMITES.
O amor não tem limites. Não seleciona. É
incondicional.
Ama-se tudo na pessoa e temos a capacidade de
fornecer detalhes das atitudes de quem é o objeto do nosso amor.
Temos a capacidade de reconhecer o som
inconfundível dos passos, a maneira única de falar, o timbre da voz.
Ama-se o bom, ama-se o que nos desagrada. Por
vezes, na convivência diária, nos dizemos incomodados, com alguns senões, e
afirmamos não suportar o barulho da colher batendo no prato, às refeições; o
jeito barulhento de jogar as chaves sobre o balcão, ao chegar em casa, os
sapatos no meio da sala; a bagunça do banheiro após o banho.
Referimo-nos a muitos amores: pais, avós, filhos,
cônjuges, irmãos.
Quantas vezes teremos lhes chamado a atenção, nas
tentativas, sempre inexitosas, de modificar certos comportamentos?
Será possível que amemos a quem nos irrita, nos
incomoda? Quereremos bem a quem temos de suplicar, dezenas de vezes, para agir
de outra forma, todos os dias?
Amamos, sim. Porque basta que qualquer um dos
nossos amores se vá, no rumo do grande Além, para que fiquemos aguardando
aquela chegada barulhenta, objetos espalhados pelos cômodos vazios, o ruído às
refeições.
Íntima e exteriormente afirmamos que daríamos tudo
o que temos para ouvir outra vez aquele ruído incômodo, quebrando o silêncio à
mesa.
O que não daríamos para desfrutar daquela presença
física, entre nós, uma vez que fosse, uma vez mais.
Como almejaríamos ouvir a sonoridade daquela voz,
mesmo que fosse em tom um pouco mais elevado do que o normal.
Isso nos diz que, quando amamos, mesmo o que
catalogamos como desagradável, faz parte do pacote do nosso sentimento
incondicional.
O amor é assim mesmo: amplo, somente comparado ao
Universo, em constante expansão. É de tal forma vigoroso que tem a capacidade
de todas as renúncias, sem se perturbar.
O amor pensa no outro antes que em si próprio. A
sua felicidade é propiciar felicidade ao objeto da sua afeição.
Digam isso todas as mães que se privam do alimento
para garantir o dos seus filhos; os cônjuges que se devotam, de corpo e alma,
no atendimento às enfermidades repentinas ou longas, que alcançam o outro,
tornando-o incapacitado e dependente para as mínimas coisas.
Ateste isso os que têm os olhos úmidos pelo pranto
da saudade, os que sofrem a dor da ausência física de alguém especial, alguém
que deixou marcas expressivas, nas nervuras da nossa intimidade sofrida.
Sim, amamos o todo. Não há como dissociar o
sentimento, fracioná-lo.
* * *
Com Jesus aprendemos que o amor substituirá, um
dia, a agressividade humana, resolvendo todas as questões que possam constituir
pontos de divergência entre as criaturas.
Mergulhemos o espírito nas correntes vibratórias do
amor e deixemos que o amor nos responda aos anseios com a linguagem
imperceptível da paz interior.
Amemos, portanto, esforçando-nos a princípio, mesmo
que se demorem em nosso paladar afetivo os ressaibos de muitos desamores que
nos atingiram, e constataremos, sorrindo, que a maior felicidade no amor
pertence a quem ama.
O amor é de origem divina. Quanto mais se doa, mais
se multiplica sem jamais exaurir-se.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais
do verbete Amor, do livro Repositório de sabedoria,v.1, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 19.3.2014.
do verbete Amor, do livro Repositório de sabedoria,v.1, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 19.3.2014.